Ao aceitar dirigir o texto do Felipe Grego, Marcus Lobo imaginou as cenas acontecendo em frames de vídeo 4D. Conseguia ver a cor das paredes, o cheiro do lugar, o suor de Boris. Tudo era muito cinematográfico, cínico e exposto. “Porque não explorar as possibilidades das lentes e computadores para contar essa história? Foi esse o caminho que escolhemos, teatro e filme juntos”, descreve o diretor. Uma experiência cênica visual e sonora. O curta Escorpião é uma obra que só é possível graças ao encontro da ATeliê voadOR com o Coletivo SALVA! – Coletivo soteropolitano de audiovisual – e o COATO Coletivo – responsável pela preparação corporal dos atores. Os interesses em linguagem teatral e audiovisual cruzam os 3 agrupamentos e desse cruzamento surge uma proposta de “corpos performando em pixels”.O foco de pesquisa da ATeliê voadOR coloca o corpo do ator no destaque da cena, os outros dois coletivos apresentam em seus trabalhos corpos interagindo com outros corpos através de telas projetáveis. “Para esse trabalho faremos da encenação uma grande tela deTouch Screens, em que o público assistirá o suspense que envolve Boris, Vera e Edu”, antecipa Lobo. O Coletivo SALVA! e o COATO Coletivo reúnem nomes como Douglas Oliveira [roteiro e direção do filme], Giovane Rufino [direção de Fotografia e captação de imagens], Danilo Lima [preparação corporal], Cassius Cardoso [tralha sonora original], Luis Santana [figurino e composição visual], Allison de Sá [iluminação cênica], Clarissa Oliveira [direção de Arte], Aianne Bilitário [cenografia], que estão trabalhando desde janeiro de 2019 na missão de produzir uma peça de teatro e um filme que, em dado momento, se unem.Escorpião é um teatro-filme em que tudo estará posto para ser observado e julgado. [Foto abaixo do ator Marcus Lobo by Giovani Rufino].
“Nessa trama, o jogo é tentar descobrir quem é quem e, após a sessão, o público continuará assistindo o que aconteceu com aquelas figuras. Para nós, quando o espetáculo encerra e o espectador sai do teatro, os personagens te acompanham em forma de Amemorias, mas também em pixels”, antecipa Lobo.
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