A casca da romã, para surpresa de muitos, tem poderes terapêuticos, como demonstra uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, em Piracicaba. O estudo revelou que a casca da romã pode prevenir o surgimento do mal de Alzheimer. O objetivo da pesquisa, de acordo com a pesquisadora Maressa Caldeira Morzelle, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição, foi avaliar se o consumo da casca da romã – uma fonte de compostos bioativos – iria influenciar a memória e também alguns biomarcadores da doença de Alzheimer. A resposta foi positiva, conforme deixaram claro os estudos realizados com animais. De acordo com Maressa, a casca da romã melhorou a memória nos animais que consumiram a fruta em comparação aos que não fizeram uso dela. Além disso, “houve uma redução nos índices de inflamação, de estresse oxidativo e nos marcadores da doença de Alzheimer”. Na verdade, estudos anteriores já haviam demonstrado que a casca da romã apresenta níveis dez vezes mais elevados de compostos fenólicos em relação à polpa da fruta. Da mesma forma, esses estudos já haviam identificado a ação da polpa na doença de Alzheimer, mas ainda não se sabia dos benefícios que a casca teria na prevenção da moléstia. Pode ser feito suco ou chá com a casca e usar também a semente, pois tem benefícios semelhantes. Então já sabe: cuidar da saúde vem antes da estética.