Escultores Contemporâneos Brasileiros, vai um pouco além de uma mera mostra de esculturas. Espalha significados: o MAM na primazia dos espaços públicos baianos nas artes visuais ao agendar uma exposição da maior qualidade estética; coloca em ação não apenas obras e artistas no que se denominam esculturas, mas seus desdobramentos e significados para o século XXI no Brasil; e junto a estes expõe, efetivamente, momento e circunstâncias, reflexão e consciência, elementos que sempre podem conduzir para a construção da arte, ou da vida, ou artevida, ainda mais quando o tempo não está mais para se pode viver como de resistência, mas, sim, de reexistência. A importância desta mostra, diante do momento e de suas circunstâncias, não está simplesmente em promover arte ou artistas, é natural que traga este aspecto em seu bojo, nem em apresentar uma ação, que a arte em si possui de sempre se renovar diante das adversidades, ainda mais quando em tempos de censura, de dogmatismos, de puritanismos, de demandas, de “mercado” e de mercadoria, mas, sim, a se constituir em elemento a mais para reflexão, e desta a escolha – em Sartre, “o homem vive de escolhas, e são através dessas escolhas que o homem manifesta a sua presença”. O evento acontecerá na quarta-feira [dia 31] às 19 horas, no Casarão do MAM e terá a participação do ‘Quarteto Bahia Bariloche’, com os músicos Ivan Huol, Matias Traut, Bruno Aranha e Alexandre Vieira – que fará uma sessão de Jazz acústico.