|Poucas e Boas

“É para você se divertir e ficar ainda mais informado com o bota-fora das notícias aqui e acolá, com ou sem o dendê da Bahia. Divirta-se com as curtinhas!”

* As fotos publicadas aqui seguem a ordem de diversos momentos.
|Redação PBB|publicacao@bembahia.com|

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|Aka Salvador…

O projeto ‘Nosso Jeito de Ser’ se despede do público após uma visitação de aproximadamente 3 mil pessoas. O evento foi  realizado pela Aláfia Produções, com o patrocínio da Companhia de Gás da Bahia – Bahiagás, e apoios do MAM-BA, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia [IPAC], da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia [Secult-BA], do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia [Irdeb] e LZZ Produções Artísticas. Ao longo de três edições, o evento reuniu música, empoderamento negro e afro empreendedorismo.

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Bastante feliz com o sucesso do Nosso Jeito de Ser, Lazzo Matumbi fez questão de cumprimentar todos os expositores ao chegar ao local. Entre abraços apertados, pausa para fotos e muita conversa, ele manifestou o desejo de que esta ideia se pulverize cada vez mais. “É um projeto no qual as pessoas que visitaram alguma das edições entenderam a proposta, mas sinto que se trata de algo que precisa continuar. Esta é uma necessidade da comunidade negra. Temos que acreditar na nossa gente, apoiar os trabalhos e fortalecer os coletivos”, disse.

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O show de abertura foi da banda Les Fanfoireux [Bélgica] que encantou o público com sua versatilidade sonora. Em seguida, uma intervenção poética feita por Rejane Souza, enquanto o palco era preparado para a entrada do cantor. Após o início do show, o público se emocionou com músicas conhecidas do seu repertório como ‘Olhos de Xangô’, ‘Do jeito que seu nego gosta’ e “A cor da cidade”. Composições de Uday Velloso [‘Amigo Charlie’, famosa na voz de Benito de Paula] e de Roberto Carlos encerraram o show.

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Um dos destaques foi Mila Costa, que lidera o ‘Tacho & Dendê’, coletivo que reúne pessoas que vivem do microempreendedorismo e se conectam para fortalecer a causa. “Mesmo com toda a minha vivência enquanto empreendedora, sinto que é difícil permanecer neste ramo. O mercado de trabalho para negros ainda é restrito. Temos dificuldades em todos os aspectos. Então, quando encontramos um espaço como este, ganhamos força. É uma boa oportunidade para testar nossas aptidões e trabalharmos juntos”, comentou Mila, que comercializou na feira a coqueluche do seu projeto e comemorou o sucesso das vendas. “Trouxe o que chamamos ‘abará gourmet’ – iguaria menor e que possibilita aos clientes experimentarem uma variedade maior de sabores. Mesmo que outros colegas vendam produtos semelhantes, aqui sempre acabo o meu estoque”, festejou.

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Muito bem representado pelos expositores que fizeram parte do projeto, o afro artesanato também apareceu de forma bastante expressiva. Objetos reciclados e a ressignificação de materiais foram bastante comuns entre os estandes. Pedagoga por formação e artista plástica nas horas vagas, Ivana Magalhães usa seu dom artístico na educação de crianças e tenta transmitir isto para os produtos que vende.

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… O público diversificado – composto por crianças [desde que acompanhados dos familiares], jovens, adultos e idosos – prestigiou a feira e os shows do início ao fim, como foi o caso da historiadora Gabriela Harrison, que visitou pela primeira vez o evento e saiu encantada com proposta. “Achei esta iniciativa maravilhosa, pois fortalece a identidade afro, que é algo latente em Salvador. Temos um sistema que não dá espaço para a população negra exibir seus negócios, uma vez que nem todos podem investir alto para participar das grandes feiras e exposições. Ideias assim precisam ser ampliadas”, comenta. Também estudante de produção cultural, Gabriela reconhece a necessidade de eventos que promovam e fomentem a cultura negra na capital baiana.

 

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