Autodidata, o baiano Denissena construiu sua história no cenário das artes visuais na Bahia. A partir de 1996, começou a se dedicar às artes plásticas, totalizando 21 anos de carreira. Atualmente cursa pedagogia na Unifacs. Sua relação com a arte e com a vida é maquínica. Não por acaso se autodenomina Operário Cultural, operar a arte e pela arte. Junto com sua produção artística, ele desenvolve um intenso trabalho social. Político, inspira jovens a aceitarem o poder da arte em suas vidas, e os capacita especialmente através da arte graffiti, para se tornarem agentes multiplicadores. Dos muitos trabalhos com jovens que realizou, destacam-se o Projeto Grafipaz, da Universidade do Estado da Bahia, o projeto Promovendo o Direito dos Jovens da UNICEF, além de realizar ações de arte-educação para a UNESCO e integrar a ONG Projeto Cidadão, no Cabula 1. No extenso currículo do artista constam passagens por Nova Iorque, em 2007, onde ficou por dois meses, realizando exposições e workshops em ONGS e universidades e por Angola, cidade que é referência cultural para ele, participou da II Trienal de Luanda em 2010. Já teve suas obras expostas em Tókio, na Galeria Okioiei também em 2010, e em alguns dos mais importantes espaços culturais de Salvador, como Museu de Arte Moderna da Bahia, com a mostra Presente do Passado, o Museu Udo Knoff, com a mostra Agdás Urbanos, o Conjunto Cultural da Caixa com a mostra Denissena.GraffitiBahia. Realizou performances no Palacete das artes e Solar do Ferrão, além de muitas outras exposições individuais e coletivas. No desejo de explorar outras linguagens, ilustrou o livro Histórias de Negro, do renomado historiador baiano Ubiratan Castro – trabalho realizado em 2010. Em 2011, realizou a exposição coletiva Sinais Urbanos – onde criou no Conjunto Cultural dos Correios uma sequência de obras em parceria com ex-educandos que tiveram suas vidas alteradas pela ação transformadora da arte. Em janeiro de 2015, foi convidado através da ITCP – Incubadora tecnológicas de Cooperativas Populares – projeto da Universidade Federal do Paraná – onde realizou oficinas de arte contemporânea com jovens da ilha Superagui e um inusitado workshop de arte graffiti com os índios Guaranis – Povo Originários, localizados na região Guaraqueçaba-PR.